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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Macaíba's review: Demolidor #01 - Mark Waid

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"Ele se julgava o Demolidor,
ele se julgava o Demolidor,
ele se julgava o Demolidooooooor"♪♫

Em meio a reboots, modernização e bad-assação de personagens, e de mega-sagas que mudam tudo pra sempre durante uma semana, tanto na Marvel quanto na DC, é difícil achar algo realmente bom para ler em séries mensais de super-heróis.

Principalmente em meio aos mixes da Panini.

Porém, em uma acertada escolha, a Panini traz para nós um encadernado com o início da fase do escritor Mark Waid (Reino do Amanhã, JLA: Year One) no Demolidor.
Esta fase, elogiadíssima lá fora, recebeu dois prêmios Eisner (Melhor Série e Melhor Escritor).
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Vamos à sinopse:

Após os acontecimentos de Demolidor: Renascido, Matt Murdock retorna a Nova York e tem que lidar com as consequências da Terra das Sombras e com o fato de que a justiça sabe quem ele é e o que fez. E não são apenas seus inimigos que estão à sua procura...


Não li muito do Demolidor, apenas um pouco da fase do Frank Miller, que saiu na coleção 'Maiores Clássicos do Demolidor', pela Panini, e os clássicos 'A Queda de Murdock' e 'O Homem Sem Medo'.
Também colecionei a fase do Bendis - que gosto muito.

Então, pelo que li, e pelo que conheço dessas obras consideradas 'clássicas' do Demolidor, parece que o padrão das histórias é desgraçar cada vez mais com a vida não só do Demolidor, mas também a vida pessoal de Matt Murdock.

Não que não seja legal, gosto muito de todas as obras que li e citei. Inclusive sou muito fã daquela arte 'escura' e 'suja' do Alex Maleev, na fase do Bendis, refletia bem a fase do personagem.
Porém, Mark Waid (escritor) e Paolo Rivera (arte) foram pelo caminho oposto.

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Matt nega que é o Demolidor, não é mais aquele louco que declarou guerra ao submundo e expulsou a máfia para bairros/cidades vizinhos. Ele está, até certo ponto, bem parecido com o Homem Aranha: se arrisca ser piadista pimpão, se mete em problemas quase que com o mesmo nível de cabacice e despreparo do Teioso, e... beija a noiva de um mafioso em plena cerimônia de casamento:

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Por mais que o Demolidor seja um herói urbano - e estes sendo geralmente mais 'humanizados' por padrão -, Mark Waid deu mais uma humanizada nele, tornando-o por vezes cheio de questionamentos, indecisões, fraquezas, (porém sem necessariamente cagar com a vida dele) e, por vezes, passando por cima disso - só para ter mais uma dificuldade surgindo a sua frente.

A história é mais leve do que as que já citei, porém igualmente empolgante, e não é só pelo roteiro, mas também pela arte, que tem características opostas à do já citado Maleev: mais 'clara' e 'limpa'.
É um gibi que diverte, em um formato bacana e um preço justo.

Nota 8,0

Demolidor 01 (reúne as edições 1 a 6 da série original)
Roteiro: Mark Waid
Arte: Paolo Rivera e Marcos Martin
Panini Comics
148 páginas, capa cartão, papel LWC

R$ 18,90

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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Macaíba's Review: Homens-Aranha


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"Ninguém vai acreditar / Eu vi duas mulher
Botando aranha prá brigar / Duas aranha, duas aranha(...)"



Homem Aranha é o meu super-herói preferido. E, igual a qualquer fã normal, estou triste com o rumo que o Homem Aranha do universo 616 está tomando, desde que o Mephisto apagou o casamento do Peter com a Mary Jane, desencadeando uma série de cagadas com a vida do herói.

Por outro lado, desde o início do universo Ultimate, acompanho feliz as histórias do Homem Aranha de lá. Para mim, este é o Aranha que vale: mesmo sendo outro o seu alter ego, Miles Morales, um personagem totalmente novo criado pelo roteirista e careca Brian Michael Bendis (pois o Peter Parker morreu, ele é infinitamente melhor do que o que se tornou o Homem Aranha do universo 'tradicional'.

Uma coisa que sempre tive receio era que os executivos vissem o sucesso do universo Ultimate e inventassem de fazer um crossover com o universo 616, cagando assim com tudo. Então, óbvio que fiquei com um pé atrás quando anunciaram a mini 'Spider-Men', estrelada pelos Homens-Aranhases destes dois universos.

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'Mostra o seu que eu mostro o meu'


Mas, como seria feito pelo próprio Brian Michael Bendis, que a mais de 10 anos mantem um bom nível nas histórias do Aranha Ultimate, dei (ui) esse voto de confiança.

E não é que é legal?

Veja a sinopse:

Ao perseguir um vilão, Peter Parker, o espetacular Homem-Aranha, vai parar numa outra realidade muito parecida com a sua, mais com pequenas e marcantes diferenças. Para sua surpresa, nesse mundo ele morreu! E o Homem-Aranha é o jovem Miles Morales.


O roteiro é realmente bem simples: qualquer motivo para que os doises Homens-Aranhas se encontrassem. Porém, ele é muito bem conduzido, não insulta sua inteligência e, de quebra, faz uma pequena homenagem ao Peter Parker Ultimate, que morreu heroicamente, defendendo seus familiares de um ataque combinado de vários vilões.

O encontro entre os dois, obviamente, é marcado por uma pequena treta, pelo estranhamento de se encontrar um outro Homem Aranha, 'igual mas diferente'.
Logo eles se entendem e se unem (inclusive, aos Supremos, os Vingadores Ultimate) para derrotarem o vilão.

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O mais interessante, para mim, foi ver o Peter falando sobre seu mundo para Gwen, Tia May e Miles (lembrando, no Universo Ultimate, Peter tinha por volta de 16 anos, enquanto o tradicional é velhaco e perceber nos rostos dos 3 a emoção (pelos bons desenhos de Sara Pichelli) em ver um Peter que tenha sobrevivido e chegado (bem) à idade adulta.

Detalhe para a última página que, claro, não vou dizer o que é, mas abre brecha para muitas possibilidades.

Enfim, 'Homens-Aranha' é uma história simples, divertida, que respeita os heróis, e ainda faz essa homenagem ao velho Peter.
E não, não é só ao 'velho Peter' do universo Ultimate, é ao 'velho Peter' do universo 616 também.

Homens-Aranha

Autores: Brian Michael Bendis (roteiro), Sara Pichelli (desenhos) e Justin Ponsor (cores)
Editora: Panini
Páginas: 108
Preço: 17,90

Nota: 8,0

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